A peça trata, de maneira leve e com humor, do drama vivido pelo
povo nordestino: acuado pela seca, atormentado pelo medo da fome e em constante
luta contra a miséria. Traça o perfil dos sertanejos nordestinos que estão
submetidos à opressão e subjugados por famílias de poderosos coronéis donos de
terra. Nesse contexto, o personagem de João representa o povo oprimido que
tenta sobreviver no sertão, utilizando a única arma do pobre: a inteligência.
A peça é uma síntese do modelo medieval com o modelo regional:
trabalha o tema religioso da moral católica (se aproximando dos temas
barrocos), mas inserido no contexto nordestino, ou seja, regional. Por ser um
dos objetivos do movimento modernista trabalhar tendências mundiais de forma
regional, adaptando-se a nossa realidade, a peça pode ser considerada como uma
tendência modernista.
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