sexta-feira, 28 de maio de 2010

*Bom Retiro, uma costura de povos - Museu da Energia

Mostra faz uma viagem na história uma aula diferenciada da história do início do século XIX.

O objetivo é mostrar que o Bom Retiro é uma região miscigenada em função das diferentes culturas que habitam o bairro. A exposição retrata o último quarto do século XIX, quando imigrantes de todas as partes do mundo começaram a chegada a região.

Os alunos apreciaram trabalhos artísticos além de toda essa abordagem histórica, que retrata os dias atuais do Bom Retiro.

A nova exposição "Bom Retiro, uma Costura de Povos" apresenta fotos, objetos antigos como pratos, máquinas de costura, peças de vestuário e instrumentos musicais e quadros dos imigrantes de diversas origens que chegaram à região.

Exposição conta história

do Bom Retiro.

O bairro do Bom Retiro, na região central da capital paulista, recebe homenagem do Museu da Energia de São Paulo da Fundação Energia e Saneamento, com a exposição Bom Retiro, uma costura de povos. A mostra apresenta às diversas faces de um bairro cujo traço principal é a convivência de diferentes culturas, resultado do processo de acolhimento de imigrantes de várias partes do mundo.

Ao retratar a vida das pessoas que moram e trabalham ali, o Museu da Energia identifica e exibe um dos mais importantes patrimônios da cidade: o modo como os seres humanos constroem suas histórias e dão sentido a tudo que está ao seu redor. Neste caso específico, fazendo com que a mistura de povos trouxesse diferentes culturas, costumes e sonhos, que acabaram fazendo do bairro um lugar tão especial.

As exposições levam os alunos a mergulharem em uma colcha de retalhos cultural, tecida sob a influência de diferentes nacionalidades e retrata o último quarto do século XIX , quando imigrantes se estabeleceram no bairro, motivados pelo desejo de construir uma vida nova, até os dias de hoje com o comércio da região dominado pela confecção de roupas.

É possível também perceber o quanto a localização do bairro era privilegiada pelo fato de estar entre os rios Tamanduateí e Tietê, e pela estrada de ferro inglesa São Paulo Railway construída entre os anos de 1860 e 1867. Assim como ter o panorama da mesclagem cultural proporcionada pelos diferentes idiomas, pela variedade culinária e por fisionomias e vestimentas tão diversificadas.

Além da linguagem histórica, a exposição apresenta trabalhos artísticos realizados por artistas plásticos como Fefa Brito, Gina Dinucci, Hugo Perucci, Tati Bo, Vânia Medeiros e Eduardo Rosa, que fizeram uso de linhas, lãs e barbantes para criar desenhos e novos olhares sobre o Bom Retiro. A fotógrafa Cássia Xavier expõe seu trabalho com imagens atuais do cotidiano do Bom Retiro.

A mostra reuniu acervos particulares e de diversas instituições como Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, Associação Brasileira de Coreanos, Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, Iphan, Memorial do Imigrante, Museu da Pessoa e da própria Fundação.